Nossa Senhora Aparecida do Vagão Queimado


Violento Choque
O dia 31 de julho de 1954 ficará para sempre na história de Ourinhos. Às 15 horas, ocorreu violento choque entre um caminhão tanque e um trem misto com oito vagões carregados de combustível. Houve uma grande explosão seguida de incêndio. Vagões grossas labaredas e rolos escuros de fumaças.
Alarme geral …correria, gritos, homens da estrada de ferro se mobilizaram, prestando socorro com medo de uma terrível tragédia. A angústia aumentava, estava no rosto de todos.
Apenas poucos mêtros do local, havia um enorme deposito de combustível com milhões de litros! Uma fagulha bastaria para causar uma catástrofe sem precedentes.
Por um verdadeiro milagre o fogo não se propagou aos carros de passageiros, que estava perto ao vagão de bagagem que foi totalmente tomado pelas chamas e destruído toda a sua carga.
A MÃO DE DEUS
Inesperadamente, soprou um vento salvador, empurrou as chamas para o lado oposto ao do reservatório.
Emoção… alívio…uma só exclamação: “É a mão de Deus!”. Logo após esse acontecimento, com mais entusiasmo, voltaram a ajudar com maior entusiasmo.
De São Paulo chegaram bombeiros em avião da FAB e sete horas mais tarde, momento de louvor a Deus por não ter acontecido maiores danos.
Contudo, se teve 3 mortes sendo eles: o condutor do caminhão-tanque, o maquinista e o foguista que morreu após ser resgatado com vida.
UM PRESENTE DO CÉU
Logo após conterem as chamas, iniciou o trabalho de rescaldo dos vagões e uma caixa foi encontrada no vagão que carregava uma mudança. Nela envolta de um lenço de seda, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida!… que pertencia à família em mudança. É de se registrar que o conteúdo desse vagão, por várias horas foi incinerado devido ao grande fogo, somente escapando a sua carcaça por ser de aço sofreu também abundantes jatos de água e apesar disso tudo a imagem estava intacta. “Nossa Senhora protegerá Ourinhos” foi o sentimento que tomava conta dos corações. Este gesto materno de Maria jamais poderá ser esquecido. Imediatamente nasceu entre o povo agradecido o propósito de se erguer no local uma capela com o título: “Nossa Senhora Aparecida do Vagão Queimado”.
O prefeito de Ourinhos da época, Domingos Camerlingo Caló, é chamado, e o comandante dos bombeiros passa-lhe a humilde imagem, agora patrimônio espiritual e sinal permanente do amor de Maria ao povo de Ourinhos.
Vinte anos depois, graças a dedicação do Pe. Violante. Pároco da matriz do Senhor Bom Jesus, a promessa de se construir uma Capela começa a ser cumprida e em 1978 é lançada a pedra fundamental e em 15 de outubro de 1979, Dom Vicente Zioni benze o novo templo e celebra a missa.
 SANTUÁRIO DIOCESANO
Enquanto se realizava a construção do santuário, tentava-se encontrar a imagem que foi doada e não se sabia para quem. Após vários e insistentes apelos, felizmente foi encontrada na residência do casal Jean Nicolau, em Ipaussu. Assim,  com uma grande festa e carreata, foi trazida para Ourinhos e levada para a capela em 1979.
Em 12 outubro de 1999, na festa da Padroeira do Brasil, Dom Salvador Paruzzo, nosso primeiro Bispo, concedeu à Capela o título de Santuário Diocesano e o Padre Aristeu foi então designado seu Reitor.
Aos 12 de outubro de 2001 o Santuário tornou-se a primeira paróquia criada na nova diocese e o Padre Aristheu, seu primeiro pároco.